“Preconceito com exame de próstata é cultural”, diz oncologista

  • Por Jovem Pan
  • 14/11/2017 11h43
Johnny Drum/Jovem Pan

O mês de novembro é dedicado à luta contra o câncer de próstata, o segundo que mais mata homens, perdendo apenas para o câncer de pulmão. Por conta do preconceito com o exame de toque, muitos deixam de prevenir a doença e viver tranquilamente na velhice. Em entrevista ao Morning Show desta terça-feira (14), o oncologista Fernando Maluf diz que é cultural esse preconceito no Brasil. “Homem que é homem, pena em si e na família”.

O médico afirma que as chances de cura deste tipo de câncer crescem bastante quando identificadas com rapidez, indo de 80% a 90%. O monitoramento deve ocorrer aos 50 anos e dos 40 aos 45 quando há histórico familiar.

“É questão cultural. Home que é homem é quem se preocupa em si e com a família que é responsável. Esse é um ponto que vem melhorando. O toque retal não atrapalha a masculinidade de ninguém. É praticamente indolor e dura sete segundos. Pode salvar vidas. Nossa função é mostrar que isso faz parte de um exame como outros”, explica.

Com técnicas cada vez mais avançadas para o tratamento, Maluf também aponta que os homens podem ter uma rotina saudável para prevenir o câncer. É sempre importante manter uma alimentação saudável, com uma rotina de exercícios físicos, evitando comidas muito gordurosas e com açúcar.

O oncologista lamenta que homens evitem ir ao médico realizar consultas para prevenir muitas outras doenças além do câncer de próstata. Ele revela que pessoas do sexo masculino vivem 10 anos a menos do que mulheres por conta disso.

“O homem vai 8 vezes menos ao médico do que a mulher e vive 10 anos a menos. Tem a imagem de ser infalível e imbatível, que está blindado de tudo. Quando o homem vai ao médico, ele vai ver muito mais além da próstata. Podemos prevenir mortes desnecessárias e que podem ser resolvidas em pouco tempo”, concluiu.

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